quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Video da Nathali

Video do Darwin

HOMENAGEM DE "MAMÃE CORUJA"

Faço com emoção e carinho, uma pequena homenagem aos meus filhos: Darwin e Nathali, que ainda muito jovens, inexperientes, sairam de sua cidade natal, Resende, em busca da realização de seus sonhos. Enfrentaram e venceram com muita coragem e dignidade, diversos desafios e obstáculos, durante a vida de estudantes universitários.
Hoje, são profissionais competentes que atuam em áreas bem diferentes, mas com um ideal em comum, o de realizar seus trabalhos com muita honestidade e respeito pelo próximo.
Eles estão sempre rodeados de amigos, por onde passam, pois são alegres e comunicativos. Gostam de festas e de curtir as coisas boas que a vida lhes oferece.
Fiz com muito amor um video, para que eles recordem alguns momentos emocionantes e felizes de suas vidas. Para o Darwin, uma retrospectiva de sua caminhada vitoriosa no Exército. E para Nathali, a conquista de seu sonho, relembrando sua formatura.
Peço a Deus que abençõe e proteja meus filhos e também minha nora Rose, dando a eles: saúde, inteligência, amor e paciência para que sempre conservem a harmonia e a paz entre eles e possam ter uma vida saudável e feliz.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ACIMA DE TUDO O AMOR

Ainda que eu falasse línguas,
as dos homens e dos anjos,
se eu não tivesse o amor,
seria como sino ruidoso
ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom
da profecia,
o conhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência;
ainda que eu tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas,
se eu não tivesse o amor,
eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse
todos os meus bens aos famintos,
ainda que entregasse
o meu corpo às chamas,
se não tivesse o amor,
nada disso me adiantaria.
O amor é paciente,
o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente,
não procura seu próprio interesse,
não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias desaparecerão,
as línguas cessarão,
a ciência também desaparecerá.
Pois o nosso conhecimento é limitado;
limitada é também a nossa profecia.
Mas, quando vier a perfeição,
desaparecerá o que é limitado.
Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto,
deixei o que era próprio de criança.
Agora vemos como em espelho
e de maneira confusa;
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é limitado,
mas depois conhecerei
como sou conhecido.
Agora, portanto, permanecem
estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor.
A maior delas, porém, é o amor
1Corintios (13, 1-13)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

AGRADECIMENTO



Foi assim que tudo começou... Em 2007, minha filha, Nathali, estava trabalhando no CPA, quando soube do projeto "Oficina de Inclusão Digital" para pessoas da melhor idade. Fez minha inscrição e eu, simplesmente fiquei apavorada, pois achava que não conseguiria aprender nada, tudo parecia muito complicado e difícil de entender.
Com o passar do tempo e a paciência dos monitores, fui vencendo o medo, a insegurança e adquirindo conhecimentos básicos sobre os recursos proporcionados pela Informática e tendo a oportunidade de participar da revolução promovida pela Internet.
Estou muito feliz e quero agradecer aos monitores do primeiro projeto, que souberam plantar com muita paciência e carinho a primeira sementinha de informação, que cresceu graças a bondade e dedicação da segunda turma de monitores e agora nos proporciona frutos saborosos.
Obrigada por tudo, que Deus os abençõe e lhes dê sempre muita saúde, inteligência e sabedoria para direcionar suas vidas.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Perspectivas Futuras

No mundo de hoje, onde vivemos mais e melhor, peço a Deus que me ajude a passar os anos a mais ganhos no calendário, junto a minha família e amigos, com boa qualidade de vida, saúde, alegria e livre das doenças associadas à velhice.Mulheres Fenomenais

“Tenha sempre presente que a pele se enruga,
O cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos...
Mas o que é importante não muda...
A tua força e convicção não têm idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.
Enquanto estiver viva, sinta-se viva.
Se sentir saudades do que fazia, volta a fazê-lo.
Não viva de fotografias amareladas...
Continue, quando todos esperam que desista.
Não deixe que enferruje o ferro que existe em você.
Faça com que, em vez de pena, tenham respeito por você.
Quando não conseguir correr através dos anos, trote.
Quando não conseguir trotar, caminhe.
Quando não conseguir caminhar, use uma bengala.
Mas nunca se detenha!!!”


Madre Teresa de Calcutá“Quando iniciamos a vida, cada um de nós recebe um bloco de mármore e as ferramentas necessárias para convertê-lo em escultura. Podemos arrastá-lo intacto a vida toda, podemos reduzi-lo a cascalho ou podemos dar-lhe uma forma gloriosa.”
Richard Bach

MATURIDADE





Voltar para Minas, ficar mais próxima aos familiares, sempre foi o meu desejo, e consegui realizá-lo em fevereiro do ano 2000. Já se passaram nove anos e apesar de algumas dificuldades e aborrecimentos no começo, consegui fazer ótimas amizades.
Tive muitos sonhos, uns já se tornaram realidade, outros ainda não, acertei em algumas coisas, errei em outras, mas não me arrependo de nada que fiz, nem dos erros, pois até desses, eu tirei algum proveito, alguma lição de vida. Espero ainda poder realizar alguns dos meus sonhos, ser avó é um deles.
Sei que o envelhecimento é um processo biológico, que pode ser controlado, por isso procuro ocupar minha mente com hábitos saudáveis. Faço caminhada, boas leituras, uma alimentação controlada, cuido de minha saúde com exames uma vez ao ano, tenho boa convivência social e atividades que me ajudam adquirir um crescimento espiritual, a ser mais solidária, a amar mais o próximo e a lhe dar um apoio físico ou emocional quando necessário.
Na igreja São Mateus eu participo, do Curso Bíblico, de um grupo da Legião de Maria e da Pastoral do Batismo. Essas atividades me proporcionam muitos conhecimentos e amizades maravilhosas.
Através da Oficina de História Oral e Inclusão Digital, oferecido pelo Departamento de Psicologia da UFJF, e da paciência e interesse dos coordenadores e monitores, descobri um mundo novo, com muita informação, tecnologia e conhecimento. Agradeço a todos envolvidos no projeto e também aos meus filhos: Darwin, Nathali e minha nora Rose, que entenderam minha insegurança, meus medos do computador e me mostraram que sempre é tempo de aprender, de renovar. Obrigada pelos incentivos e pela grande motivação. Deus os abençoe!...
No mundo de hoje, onde vivemos mais e melhor, espero passar os anos a mais, ganhos no calendário com boa qualidade de vida, saúde, alegria e livre das doenças associadas à velhice.


“Os analfabetos do próximo século, não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.
Alvin Toffler

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

VIDA ADULTA

Astolfo Dutra, dezembro de 1968, festa de formatura, realização de um grande sonho. Foi tudo muito bonito: colação de grau no cinema e o baile no Caramonãs. As formandas irradiavam paz e felicidade, naquela Beca toda branca, e os pais orgulhosos assistiam a vitória de suas filhas. Ser professora primária era uma belíssima carreira, muito respeitada.
Iniciei meu trabalho como educadora em 1969. Trabalhei em Rodeiro, minha cidade natal, com os cursos: primário, ginásio e formação de professor (hoje ensino fundamental e médio). Foi uma experiência inesquecível e um período de muito crescimento profissional.
Como todas as moças da minha época, eu sonhava com minha independência financeira, mas também com um belo casamento, filhos... E no dia 12 de julho de 1975, realizei este tão esperado sonho. Casei com um simpático carioca, numa cerimônia belíssima, realizada pelo meu irmão Padre Sebastião, e meu pai caprichou na festa. Depois do casamento, mudei para Resende, mais uma grande transformação em minha vida: casa nova, mais responsabilidade, preparação para novo trabalho, novas amizades...Enfrentei estes desafios com bastante tranqüilidade, pois estava muito feliz e fiquei mais ainda, com o nascimento de meus filhos: Darwin (1976) e Nathali (1980).
Fiz tudo para proporcionar a eles uma infância tranqüila e uma adolescência responsável, sempre ajudando e incentivando nos estudos. Os dois fizeram o ensino fundamental no mesmo colégio, onde eu trabalhei, e Nathali foi minha aluna na 1ª série. Todas as férias foram passadas com muita alegria na casa do vovô Juca e vovó Laura. Recordo com muita saudade deste tempo passado na chácara, em companhia de meus pais, em Astolfo Dutra. As crianças se divertiam muito, brincando com os priminhos naquele espaço enorme, era muito bom rever os parentes e amigos.
Com o passar do tempo, as dificuldades foram surgindo: muito trabalho, em casa e no colégio, crianças pequenas, babás irresponsáveis, família distante, pai imaturo, conflitos aumentando em uma relação sem partilha, sem união de interesses, e o melhor foi admitir a separação, colocando um fim num relacionamento desigual. A princípio foi difícil, mas devagar, fomos nos organizando e com muita fé, coragem e dignidade, venci as barreiras, os problemas e consegui criar e educar meus filhos com muito amor, carinho e dedicação. Darwin estudou e formou na Academia Militar das Agulhas Negras e Nathali estudou e formou em Psicologia na Universidade Federal de Juiz de Fora. Sinto muito orgulho do sucesso dos dois.
Tenho boas lembranças de minhas colegas e alunos da Escola Estadual Oliveira Botelho, onde trabalhei no período de 1977 a 1994, quando me aposentei.
Lembro também com carinho de minhas queridas amigas: Penha, Lina e Mailde, companheiras dos animados forrós da Cidade Alegria. Tempo divertido, que saudades!...



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MINHA ADOLESCÊNCIA

Astolfo Dutra, década de 60. Era uma cidade pequena, mas com boa estrutura econômica. Tinha naquela época alguns recursos como: usina açucareira, fábrica de macarrão e principalmente a produção e venda de fumo. Com todo este progresso, era oferecido para a população, boas oportunidades de trabalho, e também de estudo, pois já possuía dois bons colégios: o Colégio Comercial “Astolfo Dutra” e o Colégio Estadual Professor “Souza Primo”.
Como as crianças cresceram e precisavam continuar os estudos, e por ser um grande produtor de fumo, meu pai decidiu mudar para esta cidade.
Quanta felicidade ao avistar a nova casa! Ela ficava numa chácara, com um quintal enorme, rodeada de mangueiras bem antigas e de muitas árvores frutíferas. Tínhamos ao alcance das mãos, frutas como: abacate, jabuticaba, goiaba, ameixa, caju, coco e até uma fruta chamada fruta-pão, uma delícia!...
As novidades foram só aparecendo. Meu pai comprou: uma televisão, um rádio com toca-discos e uma geladeira. Foi uma festa! Era com muita alegria, que a família se reunia na sala, para assistir televisão (preto e branco). Eu adorava ouvir música, curtia rock (Elvis Presley, The Beathes) Twist, a “Jovem Guarda” de Roberto Carlos e os festivais de música brasileira.
Final de semana: missa na matriz e depois passeios em volta da praça, para rever os amigos e dá umas “paqueradas”, só de longe. Tive muitas amigas e minha casa era o ponto de encontro para, fazer as maquiagens e penteados antes das festas. Não perdíamos nenhum baile, inclusive de cidades vizinhas, mas sempre com uma mãe ou irmão por perto, de olho, tomando conta de todos.


Nós fazíamos nossas próprias fantasias para os carnavais, que eram realizadas na “URCA” ou no “Caramonãs,” carnaval de rua ainda não existia. O Cine Serrador era um lugar muito freqüentado por todos, pois além de passar bons filmes da época, como: Bem-Hur, Sansão e Dalila, Dez Mandamentos, O Pagador de Promessas... Ainda era o lugar onde se realizavam as festas de formatura.

Recordo com saudades do meu tempo de estudante, de meus professores e de meus colegas. Fiz dois cursos: Auxiliar de Escritório e Formação de Professor Primário. Apesar da crise política do país e de algumas dificuldades e restrições da época, minha adolescência foi um tempo de muitos sonhos, aprendizagem, procura, amadurecimento e realizações. E também de muitas festas familiares: aniversários, formaturas, casamentos e a ordenação sacerdotal de meu irmão Sebastião em 1966. Que saudades!...


MINHA INFÂNCIA

Minhas recordações começam na “Fazenda Boa Esperança,” onde nasci (1946) e passei um bom período de minha infância, rodeada por meus saudosos pais: José Jorge (Juca) e Laura, meus irmãos (9), alguns tios e primos. Apesar de algumas dificuldades, pouco conforto, foi um tempo bom.
Tenho lembranças felizes das festas realizadas no mês de junho e no final das colheitas, principalmente do fumo, que era a maior riqueza da região naquela época. Esta festa chamava-se “Bandeira do Fumo”. Meu pai sempre muito festeiro gostava de comemorar estes eventos com muita alegria e fartura. Matava porcos, cabritos e frangos. Os preparativos duravam em média uns quinze dias. Os cabritos eram assados num forno especial, feito de tijolos chamados “refratários”. Ele convidava parentes, vizinhos e todos os trabalhadores da fazenda. Eles comiam e se divertiam à vontade. Debaixo de um toldo coberto de lona, sempre havia um sanfoneiro para alegrar e animar a festa. Nós as crianças ficávamos lá no meio daquele povo, muito felizes, participando da festa.
Lembro também, com saudades da escolinha, perto da fazenda, onde eu, meus irmãos e as crianças vizinhas estudávamos com uma professora muito especial, muito querida, Dona Margarida. Ela foi na minha infância uma das pessoas mais importantes que conheci. Minha mãe arrumava o lanche da professora e lá ia eu, toda faceira, com muita alegria, realizar esta tarefa diária.
Brinquedos comprados eram poucos, nós fazíamos os nossos com barro, como: panelinhas, bonecas, carrinhos. Com os sabugos do milho, faziam-se os boizinhos para puxar o carro de boi. As petecas eram feitas com palha de milho e pena; as bonecas eram feitas de espiga de milho. Com muito carinho, me lembro das bonecas de pano, feitas por minha tia Carmem e das roupinhas que eu fazia. Que saudades deste tempo!...
Mudamos para Rodeiro, em 1955. Foi nesta época que começamos a desfrutar do conforto da luz elétrica em casa, pois no meio rural, a luz era de lamparina ou lampião e funcionava com querosene. A alegria ficou maior ainda com o rádio, onde se ouviam notícias, esportes e novelas.
Rodeiro era um lugarejo tranqüilo, cheio de paz, com poucos carros, pouco movimento. Neste ambiente gostoso, passei o resto de minha infância. Como me lembro daquele tempo, onde compromisso era: pela manhã, ir à escola e à tarde, encontrar os amigos na rua para bater um pique de esconder, pular corda e amarelinha, andar de bicicleta, brincar de bola e de peteca. Ao anoitecer, tudo se aquietava, as brincadeiras se transformavam. Todos, meninos e meninas, sentados na calçada, sempre em frente à casa de um da turma, conversavam, brincavam de passar anel e de roda, onde as cantigas eram as mais variadas.
Maio, que festa!... Mês de coroação a Nossa Senhora, com muitos fogos e sinos batendo!...Leilões, após os festejos, com muitas prendas: leitoas, cabritos, frangos assados etc. tudo doado pelo pai da “coroadeira” e arrematado por ele mesmo. Meu pai adorava fazer isto.
Hoje, a cidade cresceu, tem muitas indústrias que são referências na Região, porém lá no alto, o “Cruzeiro”, continua a iluminar tudo ao seu redor. Como nos divertíamos, subindo e descendo sua enorme escadaria. Tempo bom!...